terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Dicas para lidar com a birra dos filhos


O escândalo que algumas crianças fazem diante de uma frustração pode acabar com o dia de qualquer um. Perdidos e nervosos com o barulho e a atenção que a criança atrai, muitas vezes em público, os pais não sabem o que fazer. A solução não envolve gritos, puxões de orelha ou palmadas, mas sim firmeza e autoridade, desenvolvidas a médio prazo. Veja algumas táticas que podem ser efetivas para lidar com birras infantis.

Não perca o controle: seja firme, mas também acolhedor
Assim que a criança começa a fazer uma cena dramática no shopping ou no parque, é melhor segurar as rédeas da situação do que entrar na mesma dança. Pode ser que você esteja ficando muito irritado, mas, segundo psicólogos, pais que perdem o controle podem assustar ainda mais a criança e tornar a birra ainda pior. Mas os pais tampouco devem amolecer. Os adultos devem manter firmeza no tom de voz e falar com a criança na altura delas, explicando que atitudes como esta não irão mudar nada. Ao perceber que a criança está prestando atenção, é bom demonstrar acolhimento, segurá-la no colo e explicar o porquê da negativa.

Não ceda aos apelos da criança e mantenha a palavra
Por culpa ou falta de paciência, às vezes os pais acabam cedendo aos pedidos dos filhos e deixam a birra passar como se não fosse nada demais. Esse é um erro fatal: as crianças precisam entender que nem sempre terão o que desejam e quando desejam, e que sua insistência não vai adiantar nesta hora.

Dê exemplos: sair batendo porta dentro de casa não é um deles
Os pais devem ser bons modelos para seus filhos, e esta premissa vale também para momentos de raiva em que o adulto resolve fazer a própria “birra” – batendo uma porta em casa após um momento de estresse, por exemplo.

Não dê atenção à birra
Quando a criança começar a gritaria, vire as costas e continue andando. Ela não tem outra alternativa se não parar de chorar e vir atrás. As crianças precisam passar pelo estresse de perder a segurança na hora da birra. Se ela se sente insegura, muda. A criança fica preocupada se os pais a deixam.

Dê castigos proporcionais (e não se sinta culpado depois)
As crianças devem entender que seus atos têm consequências. Para não se arrepender no meio de um castigo, os pais devem calcular adequadamente o tempo de punição. Para uma criança de dois anos, um castigo de dez minutos já é o bastante, mas tudo depende da gravidade da birra e de como a família funciona.

Não meça forças com a criança e seja flexível de vez em quando
Os pais devem ser firmes e mostrar quem coloca as regras no dia a dia. Mas isso não significa incorrer no autoritarismo. O ‘não pode’ deve ser usado para o que realmente é importante. Se a criança começa a desarrumar a sala logo após uma arrumação, os pais não precisam proibi-la, mas podem deixar claro que ela terá que arrumar tudo depois. Algumas coisas podem e devem ser negociadas com a criança. Essa flexibilidade também pode ser benéfica.

Explique o que ela está sentindo e veja o que está acontecendo
Dar nome ao que a criança está passando pode ajudá-la a se controlar. Ela ainda está em processo de aprendizado e precisa aprender a identificar o que está sentindo. Assegurá-la de que ela está sendo, de alguma forma, compreendida, é importante. Descobrir as razões infantis também é necessário. Às vezes, a criança pode muda de comportamento por uma razão não aparente, como o nascimento de um irmão mais novo ou a volta da mãe ao trabalho.  

Distraia a criança
Em certas situações, chamar a atenção da criança para outra coisa pode ser a melhor saída para a birra. Especialmente quando o comportamento desanda em locais públicos. Fazê-la rir ou distraí-la com outro atrativo costuma ser efetivo e a criança pode esquecer a razão do escândalo que estava fazendo minutos atrás.

Compare a atitude dela com a das pessoas ao redor
Também pode ser uma boa saída comparar a criança com as outras pessoas no local e mostrar que ninguém mais está chorando, só ela. A criança só consegue enxergar a si mesma. Ajudá-la a se comparar aos outros é uma maneira de fazê-la se sintonizar com o mundo.

Não insista em conversar na hora da raiva
Assim como muitos adultos, a criança não irá ouvir o que os pais estão dizendo no calor de um ataque de birra. Nesta hora ela está focada na frustração, não está ouvindo. Por isso, o melhor pode ser ignorar a atitude dela e conversar mais tarde, quando ela estiver mais calma. Neste período, os pais podem aproveitar para pensar na atitude que irão tomar.

Valorize e qualifique a criança sempre que possível
Reforçar positivamente o bom comportamento infantil depois de um ataque de birra ajuda a prevenir novos episódios. Se um dia a criança fez uma birra homérica no parque, ao voltar ao mesmo lugar o pai pode lembrar que confia nela para a história vivida no passado não voltar a acontecer. Esta é uma maneira de qualificar o filho, mostrar que você acredita que ele pode ser diferente.

Tome medidas preventivas
Fome e sono são sensações capazes de deixar qualquer um irritado. Para as crianças, estas sensações podem facilmente se transformar em birra. Por isso, manter uma rotina de sono e alimentação ajuda a evitar a irritação. Os pais devem identificar o que pode ser evitado, se sabem que a criança costuma dormir às nove horas da noite, não é ideal sair para jantar neste horário.

Fonte: IG

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