segunda-feira, 12 de abril de 2010

Arco-íris de nutrientes

Para equilibrar a dieta, basta montar pratos bem coloridos.

Todo mundo já ouviu falar que uma refeição colorida é rica em nutrientes. O que pouca gente sabe é que essa riqueza se deve à presença de elementos chamados fitoquímicos, encontrados apenas nos alimentos de origem vegetal. “Os fitoquímicos são substâncias que agem como antioxidantes específicos no nosso organismo e têm a função de combater os radicais livres e prevenir diversas doenças”, explica a nutricionista Natália Chede, membro do Departamento de Medicina e Nutrição e Coordenadora do Departamento de Culinária da Sociedade Vegetariana Brasileira.

O vermelho, por exemplo, está relacionado à presença do licopeno. É ele que determina a coloração do tomate, da melancia, do morango, da goiaba e da cereja. Sua ação antioxidante previne contra diversos tipos de câncer, principalmente quando o fruto é aquecido. A antocianina, também presente nos alimentos dessa cor, estimula a circulação sanguínea.

Já os tons amarelos e alaranjados do mamão, da abóbora, da laranja, do damasco, da manga, do pêssego e da cenoura são determinados pelo betacaroteno. A substância é um potente antioxidante.

A clorofila é o que dá a cor verde às folhas. E quanto mais escuro for o tom de verde, maior será a quantidade de clorofila. “A substância se comporta como um antioxidante no nosso organismo e ainda tem uma potente ação desintoxicante”, afirma a nutricionista.

As frutas e verduras arroxeadas, como o repolho roxo, a ameixa e a uva, ganham essa cor graças ao ácido elágico. Como todo antioxidante, ele retarda o envelhecimento porque age diretamente sobre os radicais livres.

“Os alimentos brancos, como a batata, a banana e a couve-flor, não constituem um grupo cuja coloração é determinada pela presença de um antioxidante específico. Mas, em geral, essa coloração indica a presença de potássio e cálcio”, explica a nutricionista.

O mesmo acontece com os alimentos marrons e beges, como as frutas oleaginosas (castanhas, nozes, avelãs) e os cereais. O ponto em comum entre todas as oleaginosas é a grande quantidade de gordura monoinsaturada e Vitamina E, além da presença de minerais como o selênio e o cálcio. Já os cereais têm em comum a enorme quantidade de fibras, e ainda são uma ótima fonte de zinco.

Natália Chede – nutricionista CRN 4468

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